quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vidas Consagradas totalmente a Deus
Duas jovens
optaram pelo carisma contemplativo
da Ordem da Imaculada Conceição

Duas jovens monjas da Ordem da Imaculada Conceição, em Campo Maior, consagraram-se definitivamente a Deus neste Sábado.
Os votos solenes - pobreza, castidade, obediência e clausura - foram proferidos na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição.
Soror (Irmã) Maria Imaculada (baptizada com o nome de Maria Herves Jimenez) nasceu a 12 de Agosto de 1985, em Sevilha, Espanha, tendo entrado no Mosteiro a 28 de Agosto de 2003.

Soror Maria Inês da Cruz (Maria Inês Simas Simões) nasceu em Évora, a 7 de Março de 1979, e ingressou na Ordem no dia 6 de Agosto de 2003.

Sinais de Deus
“Os sinais de que Deus se serviu para me chamar à consagração foram o seio da minha família, a comunidade neo-catecumenal a que pertencia, os encontros Mundiais da Juventude, mas, principalmente, o dia-a-dia, quando no meu processo normal de jovem experimentava o que era dizer não a Deus, vendo que, apesar disso, Ele me acolhia novamente”, referiu a Soror Maria Imaculada.
Para a Soror Inês da Cruz, a opção por uma comunidade religiosa baseada na contemplação começou a crescer com o fascínio pela “vida oculta” dos religiosos do Convento da Cartuxa, em Évora.
“Foi aqui na vida contemplativa que pude fazer este processo vocacional e perceber o que Deus queria de mim”, explicou. “Depois de seis anos de discernimento, percebo que este é o meu lugar, onde poderei ajudar a Igreja e a sociedade”.
Simplicidade, silêncio e vida comunitária
O quotidiano da comunidade religiosa “é muito simples e humilde”, considerou Soror Maria Imaculada.
O horário diário começa "quando nos juntamos a toda a Igreja com a oração litúrgica de Laudes. Preparamo-nos através da meditação para o grande momento do dia, a Eucaristia”, assinalou a religiosa.
A actividade da comunidade é repartida pela oração, o trabalho (“bordamos paramentos, confeccionamos hóstias e ocupamo-nos dos trabalhos domésticos necessários para o bom andamento da vida comunitária”), a «Leccio Divina» (leitura e meditação da Bíblia) e o estudo. O dia termina com a oração de Completas.

A oração litúrgica e os ofícios manuais são realizados em conjunto, “pois a vida comunitária é também um dos grandes elementos constitutivos da nossa Ordem”, indicou Soror Maria Imaculada.
“O nosso quotidiano é acompanhado de um profundo silêncio orante”
, dado que ele "facilita-nos e permite-nos a escuta de Deus”, acrescentou.
(Fonte: cf. Agência Ecclesia)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Amanhã (14 de Novembro), às 11h, durante a concelebração Eucarística presidida pelo Sr. D. José Francisco Sanches Alves, arcebispo metropolitano de Évora, na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição de Campo Maior, sor MARIA Imaculada e sor Maria INÊS DA CRUZ, fazem a sua Profissão Solene.
Aqui vai uma pequeníssima reportagem fotográfica
desde que entraram para o Mosteiro.

Postulantes Noviças Professas Simples

terça-feira, 10 de novembro de 2009

SEMANA DOS SEMINÁRIOS 2009
Um grupo de sacerdotes e seminaristas... explicam os diferentes aspectos da vocação ao sacerdócio a partir do testemunho das suas próprias vidas.

Fechou o Mosteiro Concepcionista
de Mérida (Espanha)
No passado dia 6 de Novembro, Ángel Calle, visitou as Madres Concepcionistas, antes que abandonassem a cidade de Mérida (7 de Novembro) com destino a Mairena del Aljarafe, Sevilla, onde se encontra a Casa Mãe da Federação Bética da Ordem da Imaculada Conceição lugar onde poderão continuar a sua vida de retiro e contemplação. A idade avançada das monjas, a falta de vocações são as causas pelas que, se acaba com uma presença de quase 420 anos na cidade.
A partir de agora, Mérida fica sem as suas monjas "encerradas", mulheres muito queridas que dedicaram toda a sua vida a adorar a Deus com respeito e oração, sem incomodar, nem prejudicar ninguém.
A Igreja e o Mosteiro das RR. MM. Concepcionistas situa-se nas proximidades do Arco de Trajano, na Rua da Conceição, em pleno centro de Mérida. Trata-se de um edifício do século XVI pertencente à Ordem (contemplativa de clausura papal) da Imaculada
Conceição.
O Mosteiro foi fundado em 1588 pelo mecenas
emeritense Francisco Moreno de Almaraz, que participou junto a Francisco Pizarro na conquista do Perú e que também propiciou a reforma da "Puerta de Santa María" da catedral e a construção da Capela da Virgem da Guía. A Igreja do Mosteiro foi terminada no ano 1630 sob a direcção do mestre Hernando de Contreras. (para esta notícia conferir "Region digital.com")
Resta-nos a esperança de um dia poder voltar a Comunidade Monástica das Monjas "encerradas" de Santa Beatriz ao Mosteiro de Mérida. A Deus nada é impossível, confiemos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ó Santa e Imaculada virgindade,
com que louvores posso exaltar-te,
não sei;
porque Aquele que os céus não puderam conter,
tu o carregaste em teu seio.
Igino Giordani
in "Maria, Modelo perfeito de vida interior"

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inauguração e Bênção

do Mosteiro de Santa Beatriz,

em Sasthavattom (Índia)

No próximo dia 14 de Novembro, a Ordem da Imaculada Conceição, fundada por Santa Beatriz da Silva, exulta de alegria e faz festa, pois numa Eucaristia presidida pelo Sr. D. Soosa Pakim, arcebispo de Trivandrum (estado Indiano de Kerala), é inaugurado e benzido o primeiro Mosteiro Concepcionista da Ásia. A fundação que será dedicada à fundadora da Ordem da Imaculada Conceição - Mosteiro de Santa Beatriz - situa-se na povoação de Sasthavattom, pertencente à arquidiocese de Trivandrum.

Foi em Maio de 2006 que se iniciaram os trâmites desta fundação na India, em Trivandrum, na povoação de Shasthavattam, pelas nossas monjas do Mosteiro de Ávila.

Tinham 5 jovens procedentes da Índia, que estavam em formação há 11 anos em Espanha, e 3 à sete, todas elas já de votos solenes. Tinham mais jovens para vir, mas os bispos da Índia, pediram para que se fundasse ali. Por isso a comunidade das Concepcionistas de Ávila resolveu-se a fundar no estado de Kerala, aonde há possibilidade de mais vocações e donde são provenientes as primeiras jovens que vieram para Espanha.

Depois de todas as devidas licenças, foram posteriormente falar com o Sr. Arcebispo de Trivandrum (estado de Kerala). Foram muito bem recebidas e mostraram-lhes um terreno perto do Seminário para que as monjas possam ser assistidas. Vendeu-lhes uma parcela do terreno, que está fora da capital, mas não muito longe. Está a 40 Km do aeroporto, com luz, já murada pela parte da estrada. Têm um senhor para guardar a propriedade e para cultivo das árvores. E o Sr. Arcebispo ficou muito contente por ter em sua diocese um mosteiro de clausura, pois os muitos que tem a diocese são de vida activa.

O Sr. Arcebispo disse-lhes que tem no Seminário Maior da sua arquidiocese mais de 60 seminaristas.

Em Março de 2009 o primeiro andar já estava terminado, e já começavam a pensar na data da inauguração. Estavam admiradas da rapidez com que tudo prosseguia, e lhes favoreciam todas as licenças eclesiásticas e civis. Todos as favoreceram e ajudaram.

Não duvido que é uma glória que se dá a Deus e uma grande satisfação para a nossa gloriosa Ordem da Imaculada Conceição, que será implantada pela primeira vez no Oriente.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"O que se deu em Maria, a Imaculada, quando toda a plenitude da divindade, que estava em Cristo, resplandeceu nela, acontece ainda agora numa alma que vive a virgindade. Na realidade, Jesus não vem mais ao mundo fisicamente mas vive espiritualmente em nós e traz o Pai consigo; exactamente como fala o Evangelho, num certo lugar, que não me lembro".
São Gregório de Nissa,
Tratado «De Virginitate, 2»
A referência evangélica de que São Gregório de Nissa fala, parece-me que seja: «Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, Nós viremos a ele e nele faremos a nossa morada» (Jo 14, 23).
Entrevista com
sor Maria Imaculada e sor Inês da Cruz

No próximo dia 14 de Novembro, pelas 11h na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição, da Ordem da Imaculada Conceição, duas jovem fazem a sua Consagração definitiva a Deus pelos Votos Solenes. Estivemos à conversa com ambas para que nos explicassem a sua história e a passagem abrasadora de Deus pelas suas vidas ao ponto de fazerem uma opção tão radical, consagrando-Lhe definitivamente as suas vidas.
Soror Maria Imaculada (nome de Baptismo: Maria Herves Jimenez); Nasceu Sevilha (Espanha) a 12 de Agosto de 1985; Entrou no Mosteiro: 28/o8/2003; Antes de entrar no Mosteiro residia em Évora.
Soror Maria Inês da Cruz (nome de Baptismo: Maria Inês Simas Simões); Nasceu em Évora a 7 de Março de 1979; Entrou no Mosteiro: 6 /08/2003; Antes de entrar no Mosteiro residia em Évora.
1 - Soror Maria Imaculada, no próximo dia 14 de Novembro, sabemos que vai fazer a sua profissão solene, na Ordem da Imaculada Conceição, juntamente com soror Inês da Cruz?
Quer dizer-nos o que significa professar solenemente?

Soror Maria: Significa ser consagrada por Deus através dos conselhos evangélicos de: Sem Próprio (pobreza), Castidade, Obediência e também com o voto de Clausura que é uma característica particular da nossa Ordem fundada por Santa Beatriz, a Ordem da Imaculada Conceição (O.I.C.). A partir deste momento deixo de me pertencer a mim para pertencer inteiramente a Deus e à Igreja, configurando-me plenamente - com Maria Imaculada - a Cristo no seu mistério Pascal.
2 - Chegar à profissão solene, implica uma caminhada e uma história muito íntima com Deus que seduz. Gostávamos que a irmã nos contasse, como se deixou seduzir. Quais foram os sinais de que Deus se serviu para a chamar?
Soror Maria: Para entrar no Mosteiro, os sinais de que Deus se serviu foram o seio da minha família, a comunidade Neocatecumenal a que pertencia, os encontros Mundiais da Juventude, mas, principalmente, o dia-a-dia, quando no meu processo normal de uma jovem experimentava o que era dizer não a Deus e ver que apesar disso Ele me acolhia novamente, erguia-me da minha morte e dava-me de novo a Sua paz. Desde que entrei no Mosteiro, o que mais me fez ser seduzida por Deus, foi o seu amor “delicado” por mim. “Delicado”, porque cuidou e cuida que toda a minha existência se transforme, se renove com a sua força VIVA e Ressuscitadora, através das mediações que foi pondo no meu caminho, principalmente a comunidade deste Mosteiro.
3 - Porquê a opção por uma Ordem contemplativa e não por uma congregação de vida activa, onde tanto bem poderia fazer à Igreja e à sociedade servindo generosamente os irmãos?
Soror Inês da Cruz: Esta opção foi de Deus autor de toda a vocação. A vida contemplativa sempre me seduziu, não sei se por ter a Cartuxa tão perto (na minha cidade natal) e me fazia tanto mistério e ao mesmo tempo me fascinava a vida oculta destes homens, se pela intercessão pela humanidade, o que é certo é que me seduzia. É verdade que a vida activa faz muito bem à Igreja e à sociedade, mas desde que se tenha vocação. Disto se trata porque se estamos apoiados apenas na nossa vontade e não na Vontade de Deus a nosso respeito não fazemos bem a nós, nem a ninguém. Foi aqui na vida contemplativa que pude fazer este processo vocacional e perceber o que Deus queria de mim. Depois de 6 anos de discernimento percebo que este é o meu lugar, onde poderei ajudar a Igreja e a sociedade através da vida oculta e contemplativa ao jeito da Virgem Imaculada.
4 - Qual foi a reacção da sua família quando a irmã disse que pretendia fazer-se monja num Mosteiro de clausura?
Soror Inês da Cruz: Penso que no início ficaram surpreendidos por ter sido tudo muito de repente, mas sempre me demonstraram o seu apoio, incentivo, respeito e alegria.
5 - Porquê a Ordem da Imaculada Conceição, tão pouco conhecida em Portugal (só com dois Mosteiros - Campo Maior e Viseu) quando sabemos que fez experiência vocacional num Mosteiro de outra Ordem Monástica?
Soror Inês da Cruz: Vinha fazer uma experiência de 15 dias pois tinha inquietação vocacional. Vinha ver…e quando aqui cheguei o Senhor foi tão claro que já não pude sair. À medida que ia lendo as Constituições desta Ordem, observando e experimentando a vida das irmãs, via, claramente, que este era o meu lugar e que Santa Beatriz já me esperava.
6 - À partida poderá parecer que as Ordens Monásticas são todas iguais, mais coisa menos coisa. Diga-me irmã, qual é o específico da Ordem da Imaculada Conceição, fundada por Santa Beatriz da Silva? De que forma as monjas Concepcionistas vivem a radicalidade evangélica e procuram a Deus?
Soror Inês da Cruz: Boa pergunta. Penso que pode haver mais que uma resposta. Entendo a Ordem da Imaculada Conceição como uma novidade de vida que desafia toda a humanidade a voltar-se para o seu Criador, como o fez Maria. Digo novidade de vida porque nos faz estar constantemente em novidade de Espírito. Deus é Deus e faz o que quer, assim fez Maria Imaculada. Assim o pecado já não tem a última palavra, não define a humanidade. As monjas Concepcionistas, à imitação de Maria, concebendo o projecto de Deus nas suas vidas só podem exclamar: Faça-se.
7 - Reparei que os vossos nomes de baptismo não correspondem ao de religiosas. Porquê a mudança e qual o significado dos nomes Maria Inês da Cruz e Maria Imaculada que, as irmãs escolheram?
Soror Inês da Cruz: A “Cruz”. Esta palavra foi ganhando consistência na minha vida através do Caminho Neo-catecumenal onde aprendi que a cruz pode ser gloriosa. A cruz tem um lado que se for amado e descoberto dá sentido a todo o sofrimento, que inevitavelmente a vida acarreta. A Cruz é verdadeira, não engana mas nunca é o fim. Foi por descobrir isto em vários acontecimentos da minha vida que achei por bem acrescentá-la ao meu nome de baptismo.
Soror Maria: Foi um nome que me sugeriram e que eu gostei, porque me lembra o mistério insondável que a Virgem Maria viveu e que eu estou chamada a viver. O nome que levo é a mensagem que deve transmitir a minha vida: deixar que Deus haja para ser “Cheia de Graça” como a Virgem Imaculada e assim gerar Cristo em benefício de todos os homens.
8 - Como se desenrola o quotidiano numa comunidade monástica de vida contemplativa?
Soror Maria: É muito simples e humilde. Começa juntando-nos a toda a Igreja com a oração litúrgica de Laudes. Preparamo-nos através da meditação para o grande momento do dia, a Eucaristia. Partindo desta fonte de VIDA, dividimos o dia entre a oração litúrgica (Oficio de Leitura, Hora intermédia, Hora de Vésperas), o trabalho (bordamos paramentos, confeccionamos hóstias e ocupamo-nos dos trabalhos domésticos necessários para o bom andamento da vida comunitária - de resto, como em qualquer casa e família), a Lectio Divina e a formação permanente (estudo), terminando o dia com a oração de Completas. A oração litúrgica e o trabalho são sempre feitos comunitariamente, pois a vida comunitária é também um dos grandes elementos constitutivos e característicos da nossa Ordem. Devo ainda acrescentar que todo o nosso quotidiano é acompanhado de um profundo silêncio orante, pois: "O Senhor seduziu-nos e conduziu-nos ao deserto, para nos falar ao coração" (cf. Os 2, 16), e o silêncio facilita-nos e permite-nos a escuta de Deus que fala no mais íntimo dos nossos corações.
9 - O que é que mais atrai a irmã na sua fundadora: Santa Beatriz da Silva?
Soror Maria: O seu silêncio e a aceitação serena da Vontade de Deus sobre ela durante os 30 anos em que esteve no Mosteiro de São Domingos “O Real” à espera do momento oportuno para fundar a Ordem, como também no momento da sua morte, que foi justamente no princípio da fundação da Ordem, que Santa Beatriz tanto ansiou. Demonstrando assim, que o único interesse dela era realizar o projecto que Deus lhe tinha pedido. Santa Beatriz, tal como a Virgem Imaculada, soube manter o seu “faça-se” em todos os momentos da sua vida, sendo assim uma fiel discípula de Maria Imaculada.
10 - Quando a irmã se prepara para se consagrar a Deus, numa Ordem de vida contemplativa, que lhe dita o Espírito Santo ao coração para dizer aos nossos leitores, em particular aos mais jovens?
Soror Maria: Gostaria de lhes dizer imensas coisas, mas prefiro remeter-me a uma parte da homilia de “entronização” do papa Bento XVI em Abril de 2005, pois ela reflecte muito bem o que experimento e desejo, especialmente, para os jovens de hoje.
“Unicamente onde se vê a Deus, começa realmente a Vida. Só quando encontramos em Cristo ao Deus VIVO, conhecemos o que é a Vida. Não somos produto casual e sem sentido da evolução. Cada um de nós é o fruto de um pensamento de Deus. Cada um de nós é querido, cada um de nós é amado, cada um de nós é necessário. Nada é mais BELO do que ter sido alcançados, surpreendidos, pelo Evangelho, por Cristo. Nada há mais BELO que conhecê-Lo e comunicar aos outros a amizade com Ele.”