sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pela Bula «INTER UNIVERSA»,
dada em Roma a 30 de Abril de 1489, o Papa Inocêncio VIII confirma a fundação do mosteiro da Imaculada Conceição de Toledo e consequentemente de todos os mosteiros que a partir deste forem surgindo, ou seja da própria Ordem da Imaculada Conceição.
Demos graças a Deus, pela fidelidade e testemunho de radicalidade evangélica da filhas de Santa Beatriz da Silva nos últimos 521 anos e que conceda à Ordem da Imaculada Conceição abundância de vocação e nos seus mosteiros floresçam abundantes frutos de santidade.

"...como se nos há apresentando ..., da parte da amada filha em Cristo, Beatriz da Silva, ..., uma petição na qual se declara que, ... Beatriz, desejosa de abraçar a vida religiosa, uma casa grande, denominada Os palácios de Galiana, situada na cidade de Toledo, ..., na qual existe uma igreja antiga ou capela sob a invocação da Santa Fé, com o propósito de fundar nela, em honra do mistério da Conceição, um Mosteiro ..., na qual a mesma Beatriz e outras devotas mulheres, suas companheiras, vivessem sob regular observância e servissem ao Altíssimo e à Bem-aventurada Virgem Maria: e que as já mencionadas Beatriz e senhoras ... no presente a habitam, vivendo em comum e servindo ao Altíssimo e à Bem-aventurada Virgem Maria, com a expressa intenção de que fique constituído ali o citado mosteiro". (Bula "Inter Universa", nº 3).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

“… a Bento XVI coube a missão
de testemunhar e de fundamentar
a beleza da Fé,
vivida e compreendida
na sua inteireza e profundidade.”
Saad Zogheib Sobrinho
in "Cidade Nova", ano XX, Abril de 2010, pg.9

PARABÉNS SANTO PADRE

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Apostolado monástico:
“Queríamos ver a Jesus.”
(Jo 12,21)
A vida monástica, fielmente vivida, está intimamente unida com o zelo pela extensão do Reino de Deus e a salvação de todos os homens. Os Monges levamos no coração esta solicitude apostólica, contudo somos chamados a “ser” testemunho de radicalidade evangélica. Somos chamados a “falar pela nossa vida” e não pelo anúncio formal do Evangelho. Mais do que “falar” de Deus, somos chamados a “mostrar” Deus.
Os Monges somos chamados a “mostrar Deus” aos Homens e a “falar a Deus” dos Homens.
A vida contemplativa é uma forma própria de participar na missão de Cristo e da Igreja e, de se inserir na Igreja Local. Em consequência, por muito que urja a necessidade de apostolado activo, não podemos ser chamados a colaborar nos diferentes ministérios pastorais, nem prestar serviço em actividades externas.
Proclamando, pela nossa vida, a primazia absoluta de Deus Uno e Trino, os Monges, mergulhamos em Deus e d’Ele vivemos, atingindo directamente o Seu Coração e despertando n'Ele, pela oferta radical, alegre e generosa da nossa vida e pela nossa oração contemplativa, uma fecundidade apostólica misteriosamente operante e eficaz, que se converte em chuva generosa e gratuita de bênçãos, para a Igreja e para o cosmos: “…enquanto Moisés tinha as mãos levantadas, era Israel o mais forte; mas quando descansava as mãos, o mais forte era Amalec. Mas as mãos de Moisés ficaram pesadas. Pegaram então numa pedra e puseram-na debaixo dele, e ele sentou-se sobre ela. Aarão e Hur sustentavam as mãos dele, um de um lado e outro do outro. E assim as mãos dele permaneceram firmes até ao pôr-do-sol." (Ex 17, 11-12).
Mediante a nossa resposta positiva, feliz e generosa, a viver em intimidade com o Senhor: “… ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26, 38), convidamos toda a comunidade eclesial “a nunca perder de vista a vocação suprema, que é permanecer sempre com o Senhor” (Vita Consecrata, 7). Procuremos, os Monges, incansavelmente contemplar Cristo, montando desta forma "uma guarda santa e perseverante, na expectativa da vinda do seu Mestre para lhes abrir logo que ele bater à porta" (Carta de São Bruno da Cartuxa a Raul, 4); isto constitui um apelo encorajador a que todos os cristãos permaneçam vigilantes na oração a fim de acolher o seu Senhor! (cf. João Paulo II aos Cartuxos, 1 [14 de Maio de 2001]) Os monges “Buscando Cristo e fixando o olhar nas realidades eternas, convertem-se em oásis espirituais que indicam à humanidade a primazia absoluta de Deus, através da adoração contínua dessa misteriosa, mas real presença divina no mundo, e da comunhão fraterna vivida no mandamento novo do amor e do serviço recíproco” (Bento XVI, [20 de Novembro de 2008], na audiência os participantes da assembleia plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica).
Os Monges somos chamados, e estamos encarregues de ajudar o Senhor na Sua Obra redentora. Somos chamados por Deus e pela Igreja a “indicar ao mundo o que é o essencial: buscar Cristo e não antepor nada ao seu amor” (Bento XVI, [20 de Novembro de 2008], na audiência os participantes da assembleia plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica). Fazemo-lo com a nossa vida sacramental, com o nosso trabalho, a nossa renúncia e sobretudo com o nosso amor. Quanto mais escondidas, secretas e desconhecidas forem estas atitudes mais valor têm. Exactamente por isso, ninguém espera do monge outra actividade, senão e que por amor, derrame - sem utilidade aparente - sobre os pés de Jesus, o precioso perfume das suas capacidades humanas - "Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-lhos com os seus cabelos" (Jo 12,3) - , da sua escolha radical e do seu amor absoluto por Deus e que, inunde a Igreja e o mundo com a fragrância - "A casa encheu-se com a fragrância do perfume” (Jo 12, 3) - de um testemunho verdadeiramente evangélico que aponte para Deus.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Relíquia da Paixão...
Se tivesse que escolher uma relíquia da tua Paixão,
tomaria precisamente aquela bacia cheia de água suja.
Dar a volta ao mundo com aquele recipiente
e perante cada pé
cingir-me com toalha
e colocar-me de joelhos,
nunca levantando a cabeça acima da cintura
para não distinguir os amigos dos inimigos,
e lavar os pés do vagabundo, do ateu,
do drogado, do prisioneiro, do homicida,
daquele que já não me saúda,
daquele colega por quem já não rezo,
em silêncio,
até que todos tenham entendido no meu o teu amor.
Luigi Santuci Una Vita di Cristo: volete andervene anche voi? S. Paolo, Roma 2001