sábado, 12 de fevereiro de 2011

A alegria na vida monástica
“…o meu coração alegra-se com a vossa salvação.” (Sl 13, 6)
Aquele que se sabe objecto do Amor sem medida, do seu Deus, só pode alegrar-se e exultar: "Os que o Senhor libertou vol­ta­rão e virão para Sião com cânticos de triunfo. Uma alegria eterna iluminará o seu rosto, um regozijo transbordante os se­guirá, e as aflições desaparecerão” (Is 51, 11). A isso nos desafia o apóstolo Paulo que diz: “…meus irmãos, alegrai-vos no Senhor” (Fl 3, 1), “Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos!” (Fl 4, 4), “Sede sempre alegres” (1Ts 5, 16). Essa é a experiência dos primeiros cristãos: “Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (Act 13, 52).
O Monge que vive e procura Deus no Deserto do claustro, porque faz a mais profunda experiência de se sentir amado e porque se sabe membro de um povo de resgatados, alegra-se e rejubila para sem­­pre (cf. Is 65, 18), o seu cora­ção pulsará de alegria (cf. Is 66, 14), "Uma alegria eterna iluminará o seu rosto, um regozijo transbordante os se­guirá” (Is 51, 11). Faz a experiência da alegria, que brota da certeza de se sentir plenamente amado pelo Ressuscitado, porque o Senhor dá uma alegria maior ao nosso coração do que àqueles que vivem em abundância (cf. Sl 4, 8), o monge, que vive na presença de Deus, é um homem de “coração alegre” (Pr 17, 22) e a alegria eterna ilumina o seu rosto (cf. Is 51, 11).
Sabendo-se objecto do Amor Infinito e Misericordioso de Deus, que nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho, no qual temos a redenção (cf. Cl 1, 13), o Monge alegra-se, até mesmo se tiver que derramar o sangue, em sacrifício e oferta pela fé (cf. Fl 2, 17). “A alegria, que nos vem de Cristo … também nos dá contentamento, mas pode sem dúvida coexistir com o sofrimento. Dá a capacidade de sofrer e, no sofrimento, de permanecer também intimamente felizes. Dá-nos a capacidade de compartilhar o sofrimento dos outros e assim tornar perceptível, na disponibilidade recíproca, a luz e a bondade de Deus. Sempre me faz reflectir a passagem dos Actos dos Apóstolos segundo a qual os Apóstolos, depois terem sido flagelados a mando do Sinédrio, saíram de lá "contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus" (Act 5,41). Quem ama está pronto a sofrer pelo amado e por causa do seu amor, e precisamente por isso experimenta uma alegria mais profunda. A alegria dos mártires era mais forte do que os tormentos infligidos. No fim, esta alegria venceu e abriu a Cristo as portas da história." (Bento XVI, Homilia na Missa Crismal - 1 de Abril de 2010)

A alegria, interior e exterior, é naturalmente característica dos discípulos do Senhor Jesus Ressuscitado: “Não nos ardia o coração (?)” (Lc 24, 32), “…como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam” (Lc 24, 41) é também característica do Monge que procura, se deixa encontrar e caminha com o Ressuscitado, pois “só Cristo pode dar à esperança humana uma plenitude de significado e alegria." (João Paulo II)

1 comentário:

jedmilson disse...

Estas são as Irmãs mais simpatica do mundo.
Gostei de as conhencer e ja agora aproveito para as mandar um grande beijionho e abraço a todas

Jedmilson Bandeira